Encontro com Deus através da Maternidade - Parte III

... Um olhar sobre as Mães Inspiradoras da Bíblia

Parte III

Ana: Orando por cada circunstância

Desesperada por estar sozinha, longe das palavras provocadoras e cruéis de Penina, Ana corre para o Tabernáculo para derramar seu coração ao Senhor em oração.

É assim todos os anos, quando viajam em família para adorar e oferecer sacrifícios em Siló.
Penina - a segunda esposa do marido de Ana, Elcana - aumenta seus ataques verbais até que Ana não aguenta mais. Tão chateada que ela nem consegue comer, tudo que ela quer fazer é chorar.
Algo tem que mudar.

"Senhor, se me deres um filho, eu o devolverei por todos os dias de sua vida", ela engasga com lágrimas. Um filho. E então ela o entregaria.
Eu não sei voce, mas eu não sei se conseguiria fazer uma promessa como essa?

De repente, a fervorosa concentração de Ana é interrompida por uma voz áspera. "Até quando estarás tu embriagada? Aparta de ti esse  vinho! Era Eli, o Sumo Sacerdote.

Mesmo no templo, ela não é deixada sozinha, mas falsamente acusada e incompreendida.

As palavras de Eli revelam o estado depravado em que o Tabernáculo estava sob sua liderança - ele nem reconhece a oração particular quando a vê. Mas, apesar de sua calúnia, Ana responde com graça, explicando que ela está "atribulada de espírito" e está orando.

"Vá em paz, e o Deus de Israel conceda a petição que voce fez a Ele", responde Eli.

Ana seca os olhos e sai do templo.
Respirando fundo, ela sabe que deve enfrentar Penina novamente, mas não tem mais medo. Ela se sente faminta e volta para a barraca para comer, deixando o assunto com o Senhor.

Eventualmente, Ana concebe um filho.
Voce pode imaginar a alegria dela ao sentir o primeiro chute?
Sua gratidão quando sua barriga começou a crescer, mês a mês e que estava gerando o filho de suas orações?

Samuel nasce, e como Ana deve ter gostado de cada momento com ele enquanto crescia de bebê em criança. Não foi entregue ao Senhor até o tempo do desmamado e ai ela o levou ao Tabernáculo para dedicá-lo ao Senhor e deixá-lo sob os cuidados de Eli.

Este ato exemplifica a confiança e a fé de Ana em Deus.
Eli já havia criado dois filhos que eram incontrolavelmente corruptos.
Ele poderia ser um bom pai para seu precioso filho?

Mas ela sabia que Deus ouviu suas orações. E, ao dedicar Samuel ao serviço do Senhor, fez uma das mais belas orações de todas as Escrituras, prenunciando a magnificência de Maria.

Uma oração que sem dúvida ecoou em seu coração nos próximos anos, quando ela costurou cada manto para dar ao filho quando eles visitavam o Tabernáculo.
A cada ponto, uma oração por ele estaria nos lábios dela.
As bençãos de Deus não terminaram com Samuel. Ana teria mais três filhos e duas filhas. Ela não seria mais o sujeito sem filhos dos insultos de Penina.

A oração caracterizou a vida de Ana.
Em dois curtos capítulos da Bíblia, Ana orou com emoção e alegria tão cruas que só se pode imaginar a profundidade de seu amor pelo Senhor.
Ela se voltou para o Senhor em sua hora mais sombria e, uma vez que essa hora passou, voltou-se novamente para o Senhor em sua profunda alegria.

Minhas orações parecem empalidecer em comparação às de Ana.
Eles parecem coxos e mornos.
Eu poderia aprender com o exemplo específico e ousado de Ana em oração.

Desejo orar e louvar com tanto fervor quanto ela, não apenas lembrando, mas agindo com a promessa de que as orações de uma pessoa justa têm o poder de realizar grandes coisas (Tiago 5:16).

Deus encontrando cada mãe, em cada circunstância.

Como Eva, provamos a amargura do fracasso.
Como Joquebede, lutamos para confiar bravamente em Deus em meio a um futuro incerto.
Como Ana, chegamos a Ele com nossas orações de dor e alegria.

Como as mães na Bíblia antes de nós, ser mãe nos permite encontrar Deus no meio da bagunça e conhecê-lo de uma maneira que não o conhecíamos antes.

Levarei comigo as histórias de Eva, Joquebede e Ana... que cada mulher possa fazer o mesmo  em sua jornada de maternidade - agora e nos próximos anos, e para aquelas mamães que estão se despontando na graça desse presente.

Deus vos abençõe!

 

Encontro com Deus através da maternidade... Parte II

... Um olhar sobre as Mães Inspiradoras da Bíblia

Parte I I

Joquebede: Confiança Corajosa

Joquebede verifica duas vezes a cesta de papiros que ela passou vários meses tecendo, certificando-se de que esta estancada - cada centímetro coberto de alcatrão. Ela manteve seu filho Moisés vivo nos últimos meses - escondido apesar da ordem do faraó de matar todos os bebês israelitas do sexo masculino.

Mas está ficando mais difícil mantê-lo em segredo por mais tempo, e ela tem que apresentar um plano arriscado.

Joquebede coloca ternamente um cobertor em volta do filho, que olha para ela com confiança e com seus olhinhos arregalados.

Ela já arriscou muito em mantê-lo vivo desde o nascimento, mas a única chance de Moisés sobreviver é arriscar ainda mais! 

Ela o veria vivo novamente?

Perguntas surgem em sua mente enquanto ela empurra a cesta na água; e sua filha Miriam assistia tudo à distância.

Mas quando a filha do Faraó descobre o bebê pequeno entre os juncos e decide mantê-lo; então,  Miriam pensa rapidamente e vai buscar uma enfermeira para Moisés. Claro, é Joquebede.

Joquebede é uma mulher de confiança corajosa. Suas ações são cuidadosamente planejadas e sábias, demonstrando bravura diante das ordens do faraó.

Mas, finalmente, ela teve que confiar em Deus para o resultado final. Moisés estava agora literalmente e figurativamente fora de suas mãos.

Joquebede me ensina como confiar em Deus quando o resultado do futuro é desconhecido.

Quando a sabedoria e o planejamento estão esgotados, tudo o que resta é uma confiança corajosa em Deus, que supervisiona a situação por mais difícil que seja.

Seu eu tenho uma dificuldade de aprendizado que não consigo consertar ou um adolescente rebelde que zomba de minhas instruções, chega um momento em que fiz tudo o que poderia ter feito, até sentir que minhas forças se esgotaram.

Eu devo entregar nas mãos de Deus, esperar e ver o que Ele fará... crendo que o Senhor dará sabedoria e estratégias para orientar, disciplinar e amar.

É o papel de mãe, buscar em Deus Sabedoria e não lutar com suas próprias forças... isso só exausta uma mãe... mas em Deus traz paz e sabedoria.


Acompanhe Amanhã Parte III - Ana como mãe.

Encontro com Deus através da maternidade...

... Um olhar sobre as Mães Inspiradoras da Bíblia

Parte I 

Todas as manhãs, no instante em que acordo eu reservo um momento para estar com o Senhor.
Há dias que a casa está em silêncio, os filhos casando ou morando em outro lugar - vão deixando o ninho vazio.
Não me sinto só, em alguns momentos, bate uma saudade.

Nesta manhã de maio, o sol está escondido lá fora, mas a brisa se faz presente e areja a nossa pequena casa, confortável e aconchegante.
Então, sento me tranquila e escosto as costas sobre a cama. É um momento que espero ansiosamente. Pego minha Bíblia , juntamente com meu bloco de notas e caneta.
Estou preparando o Devocional no Salmo 119 e juntamente estou ainda estudando algumas mães da Bíblia.
É um estudo que faço há quatro anos e cada vez que escrevo sobre cada mulher o Espírito Santo me revela algo extraordinário.
Hoje, quero falar sobre algumas mulheres (mães) mencionadas na Bíblia, em outro tempo já falei sobre elas - mas cada vez é um aprendizado diferente. E fiquei, imaginando esta manhã o que poderia aprender com aquelas mulheres que vieram antes de mim.

Cada vez que leio suas histórias, vejo-a com novos olhos - um olhar de mãe.
Hoje, quero relatar em forma de história, imaginar como se fosse Eva, Ana ou Joquebede narrando.

O que Eva poderia me ensinar sobre esperança no meio do fracasso?

O que Joquebede poderia me transmitir sobre confiar em Deus quando o futuro é desconhecido?

Como Ana poderia me orientar em oração?

Estou ansiosa para aprender.

1) Véspera: Esperança no meio da falha

O chão está duro sob seus quadris. O suor corre pelo seus músculos tensos. Então, Eva fecha os olhos com força para se concentrar enquanto as contrações torcem seu abdômem, sentindo que isso a rasgará em duas.
Sua mente recorda a maldição do Criador depois que ela comeu o fruto proibido: "Certamente multiplicarei sua dor na gravidez; com dor darás a luz filhos" Gn 3:16.

Era isso - a dor que destruía seu corpo agora - o que Deus quis dizer?

O desconforto é quase insuportável.
O medo a aperta.
Ela dá um empurrão poderoso com toda a força que consegue reunir quando outra contração a atinge. Ela ouve um choro.

Eva se recosta a uma pilha de peles de animais, seu corpo relaxa pela primeira vez em horas, enquanto Adão limpa o resíduo do nascimento com água em uma bacia de madeira escavada. Envolvendo o bebê em uma pele de animal para aquecê-lo e entrega o bebê a Eva.

"Recebi um filho com a ajuda do Senhor", respira Eva, olhando pela primeira vez nos olhos escuros e apertados do filho. "Vamos chamá-lo de Caim", ela sussurra, olhando para Adão, que sorri.

Sem dúvida, a chegada do bebê Caim - e mais tarde outro filho, Abel - trouxe uma nova alegria à vida de Adão e Eva.
Mas a felicidade perfeita não era para estar deste lado do Éden.
Pois quando Adão e Eva desconsideraram as instruções de Deus e morderam o fruto delicioso da Árvore do Conhecimento do Bem e do Mal, o pecado - e, finalmente, a morte - entrou no mundo.

Morte que significava separação espiritual e eterna de Deus.

Adão e Eva experimentaram não apenas a morte física da velhice, mas também perceberiam a  capacidade humana para o mal - a tal ponto que um humano realmente escolheria terminar a vida do outro.

Nas mãos de Caim, o zeloso, Abel se amontoou no campo, na qual é o primeiro assassinato registrado nas Escrituras.
A primeira morte fora do Éden. E assim, o coração de uma mãe doeu pela perda de seu filho nas mãos da violência pela primeira vez. 
O agressor não era um agressor desconhecido, mas seu próprio filho.

Como o coração de Eva deve ter partido - duas vezes.
Poderia ter sido fácil para Eva se culpar pelo crime de um filho e pela morte de outro: Se eu não tivesse escutado a serpente. Se ao menos eu não tivesse comido a fruta. Ou talvez ela tenha colocado a culpa em outro lugar, em outro alguém.
Nós não sabemos. Mas, em nosso último vislumbre dela no relato de Gênesis, vemos esperança.

"E Adão conheceu sua esposa novamente, e ela deu à luz um filho e chamou seu nome Sete, pois ela disse: "Deus me concedeu outro descendente em lugar de Abel, pois Caim o matou. Para Set também nasceu um filho, e ele chamou seu nome Enos. Naquela época, as pessoas começaram a invocar o nome do Senhor" Gênesis 4:25-26

Essa esperança de uma nova vida nos leva a uma compreensão mais completa da história de Eva.
Apesar de ter sido através de seu ato de desobediência que o pecado entrou no mundo, a vida, não a morte, é seu legado verdadeiro e supremo.

Eva - derivado da palavra hebraica que significa "Vida" ou uma palavra relacionada, "respirar".
Ela é a mãe de todos os que vivem e respiram. E esse mesmo fato deu esperança ao futuro.

Eva foi o primeiro doador de vida em cuja linha viria o último doador da vida: Jesus.

Aquele que reverteria a maldição da morte de uma vez por todas. Só de pensar nesse fato, também me dá esperança.

Não importa que erros eu cometa como mãe, não importa como falhe ou peque, a cada dia nós mães procuramos aprender e buscar a perfeição e crendo que Jesus é minha (nossa) redenção e minha (nossa) esperança.

Acompanhe Amanhã Parte II - Vamos conhecer a mãe Joquebede.

A nobreza da alma feminina

A nobre realização da alma feminina.

A maioria de nós mulheres anseia por ser vista como princesa e traz na alma o anseio de ser verdadeiramente amada, admirada e compreendida como é.
Viver um romance, uma aventura e encontrar um princípe "encantado", também faz parte dos nossos desejos mais profundos. Porém, já está provado que a vida, apesar de bela e surpreendente não é um conto de fadas.

Lugar onde meus sonhos se realizam e onde eu posso ser eu mesma, sem me preocupar em dividir-me em mil para cumprir o meu papel de mulher.
Até que chega o dia em que voce faz uma grande e definitiva descoberta: seu coração de mulher, cheios de mistérios, sonhos e anseios tem uma comunhão profunda com o coração de Deus!

Então, voce aprende a relacionar-se com Ele como sendo o grande amor da sua vida, e tudo que voce vive a partir disso ganha um novo sentido.
Deus mesmo se encarrega de proporcionar, a cada manhã, novas experiências e oportunidades inesperadas para revelar ao mundo a beleza do seu coração de mulher com tudo que ele traz na essência.
O mais importante é que voce não mais se sentirá sozinha nem incompreendida, pois Deus, que a criou com todos esses anseios, ama-a profundamente do jeito que voce é e está ao seu lado aconteça o que acontecer.

Particularidades do Instinto Feminino.

Neste dia, voce descobre que ser mulher não é qualquer coisa, mas é um dom, um desígnio do Criador. E como todo dom trás em si uma tarefa.

Na minha compreensão a mulher pode enriquecer o mundo e contribuir muito nas relações humanas, isso porque uma mulher temente a Deus consegue transmitir com sua vivência, um sentido mais suave às realidades duras que a humanidade inevitavelmente enfrenta. Pois é próprio do instinto feminino amenizar a dor, incentivar, dar conselhos, acolher e lutar por aqueles que ama, tornando tudo mais suave com sua ternura.

A realização da alma feminina.
Quando conseguimos compreender bem isso e assumimos nosso papel, muitas coisas podem mudar. Começamos por considerar que não podemos encontrar a felicidade fazendo muitas coisas, adquirindo bens materiais, fama e status, e aqui merece destaque especial a maternidade, que é uma das formas mais originais e profundas de doação. 

O coração de uma mãe tem muitas semelhanças com o coração de Deus, por isso é uma das obras mais sagradas que existe no mundo. 
Mas em geral, Deus deu a cada mulher uma feminilidade que é cativante, poderosa e terna, humana e divina; e quanto mais a exercermos, mais nos sentimos realizadas, felizes e próximas d'Ele.

Por isso, acredito que viver de acordo com a nobreza da nossa vocação feminina pode ser hoje a forma mais original de encontrar esse lugar dos nossos sonhos: o coração de Deus. Nele, nós podemos ser quem somos sem culpa nem dor. 

Por Ele somos eleitas, amadas e admiradas com tudo que trazemos na alma, pois foi assim que Ele nos criou.