sábado, 17 de fevereiro de 2018

Solidão e Silêncio com o Senhor!

Refletindo sobre a solidão e o silêncio espiritual, dá-se a impressão de que devemos nos separar de todos e de tudo e entrar em isolamento.
Como uma disciplina espiritual, creio que é mais precisamente entrar na presença de Deus, fazendo com que nos esvaziamos e nos recarregamos.



Temos o exemplo na vida do Senhor durante Seu ministério na Terra. Ele tinha o equilíbrio perfeito em Sua vida. Nós o vemos ensinando grandes multidões - milhares de pessoas, curando, fazendo milagre, pregando seus ensinamentos... E além de tempos mais íntimo com o Pai, Ele passou somente com seus discípulos. Nós o vemos desfrutando da companhia de amigos íntimos como Lázaro, Maria e Marta e também o vemos se deslocando para os tempos de solidão sozinho com Seu Pai. Ele necessitava desse momento - solidão e silêncio com o Pai.

Dietrich Bonhoeffer  disse: - téologo alemão - para saber mais, leia: (https://pt.wikipedia.org/wiki/Dietrich_Bonhoeffer)

"Deixe aquele  que não pode estar sozinho, cuidando da comunidade... Deixe aquele que não estiver na comunidade cuidando em estar sozinho".

Se pudermos crescer em um equilíbrio maduro do tempo separado na solidão, bem como no tempo com os outros, somos mais propensos a responder aos outros com a plenitude que ganhamos em momentos de solidão e não como um ponto de carência.

Deus nos criou para estar em comunhão uns com os outros, para apoiar, encorajar e exortar uns aos outros. É nesse contexto que somos dotados de responsabilidade onde produz crescimento e nos impede de escorregar para a escuridão que se esconde em procurar nos ultrapassar.

Toda disciplina espiritual tem um propósito. Cada um é projetado para nos ajudar a crescer e permitir-nos "caminhar de uma maneira digna do chamado para o qual voce foi chamado", como Paulo escreveu para a igreja de Eféso.

Essa chamada inclui ser sal e luz no meio de qualquer parte do mundo que Deus nos colocar. Inclui ser Ele por amar os outros como Ele nos amou. Para fazer isso, seja isso, devemos ser regenerados, atualizados, renovados e recarregados em passar um tempo sozinho com Ele... a nossa intimidade com o Pai.

Aprecio o que Ruth Haley Barton diz a respeito: para saber mais sobre: leia (http://www.transformingcenter.org/ruth-haley-barton/)

"Se minhas experiências na solidão e no silêncio não fazem a diferença neste momento da vida real, então não tenho certeza de que nada disso vale muito".

No século XVII, um irmão carmelita ( Nicholas Herman) que vivia num mosteiro em Paris escreveu um pequeno livro chamado A Prática da Presença de Deus, que nos deixou um tesouro de sabedoria sobre a intimidade com o Senhor e o valor adquirido ao praticá-lo. Uma de suas citações dá evidências a seus próprios tempos sozinhos com Deus:

"Uma maneira de recolher a mente facilmente no tempo da oração, é preservá-la mais em tranquilidade, não é para deixá-la vagar muito longe em outros tempos: voce deve mantê-la estritamente na presença de Deus; e estar acostumado a pensar nEle com frequencia, voce achará fácil manter sua mente calma no tempo da oração, ou pelo menos para lembrá-la de suas andanças".

Nós O conhecemos por muitas e diversas maneiras, mas parece-me que, assim como é com amigos mais próximos, aprendo a conhecê-lo melhor em tempos íntimos, sozinho com Ele.

O tempo gasto com o Senhor nunca é desperdiçado, Ele nos convida o tempo todo, porque quer nos capacitar , restaurar, renovar, para ser mais como Ele, para estar mais disponível para Ele, para o Seus propósitos através da transformação.

Se observarmos a vida daqueles que caminharam mais perto de Jesus, aqueles que eram seus amigos mais íntimos, vemos evidências claras de pessoas com falhas, mas também vemos a transformação gradual do caráter que resultou naqueles que foram usados por Deus para iluminar uma chama no mundo inflamada por Sua luz que ainda hoje brilha.

Observe a descrição de Ruth Haley Barton, do que acontece quando experimentamos solidão e silêncio com o Senhor:

"Com o tempo, nos tornamos mais seguros para com outras almas, porque somos capazes de estar com eles e até mesmo as questões com as quais estão lidando sem serem enganados por nossas próprias ansiedades e medos. Estamos confortáveis, porque experimentamos o amor e a compaixão de Deus; e assim torna-se muito natural para nós estender amor e compaixão aos outros".

As palavras de Barton também nos convencem da verdade de quem somos e muitas vezes não somos:

"As vezes, somos meros julgadores. Mas a maioria, se não todos, devido a nossa miséria espiritual e a falta de amor de Deus. Todo lugar que não tenha sido curado e transformado na presença de Deus é uma ponta dura de nossa personalidade que fatiga e corta outras pessoas quando se levantam contra isso".


 Quando passamos o tempo sozinho com Deus, por pouco que seja,a cada dia, nossos corações são mudados e cheio de transbordar com o amor que Ele é e quando isso é verdade, nos inalamos mais desse amor transbordante para as pessoas que nos rodeia.

Que seu dia seja abençoado, e transborde amor de Deus aos outros.

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