terça-feira, 31 de março de 2020

Mãe

Hoje 31 de março, minha mãe faria 85 anos, mas há 13 anos o Senhor a recolheu.

Ela sempre estará em minha memória, e nessa semana, revendo algumas fotos, onde estava com a gente em passeios, festas, com meus filhos que ela ajudou a cuidar com tanto amor.
E olhando para a última foto que tiramos juntas, quanta saudade, ela deixou em meu coração e na minha memória!!!! Esse momento registrado foi a nossa última foto juntas, quando eu estava partindo para um lugar desconhecido do outro lado do oceano - o Japão. Na despedida em sua casa tirei uma foto com ela, antes de irmos para o aeroporto, foi a última vez que vi minha mãe. Um ano depois ela veio a falecer em 2007.



De repente me veio em mente: Como ela era, ou qual era o seu melhor.
Me lembro de muitos pequenos detalhes. Lembro-me de poucas palavras reais, sabe!, mas lembro dos momentos, das ocasiões, dos acontecimentos.

Eu me lembro das coisas que ela me ensinou.
É curioso como tenho flashes de memória da minha infância, principalmente das coisas que ela me ensinou...é muito nítido!!! como arrumar uma cama, a fazer croche, a cozinhar, a fazer bolo, ir a feira e comprar as coisas.
Eu me lembro dela dizendo que me amava, que eu tinha que estudar aquilo que eu gostava... e isso foi uma decisão importante em um determinado momento!!! me lembro dela rindo, ou as vezes brava, com cara fechada, quando faziamos alguma brincadeira... mas não consigo lembrar de muitas  coisas específicas que ela disse para mim - como frases que ficou marcada.
Realmente, o que eu me lembro são as coisas que ela fez. A pessoa que ela era. Seus hábitos e seu serviço e seu comportamento.
Lembro-me da sua personalidade, como ela sempre fez com as pessoas para que se sentissem acolhidas e amadas.
Eu me lembro como ela se deu sem pedir nada em troca.
Lembro-me de como ela tratava as pessoas.
E eu me sentia amada, segura, conhecida.
Eu acho que como mãe, agora, enfatizamos muito sobre como as palavras exatas que dizemos aos nossos filhos. Nos preocupamos se estamos explicando de maneira certa, o suficiente para edificá-los, disciplina-los corretamente.

Mas, no fundo eu não acho que ele vão se lembrar dessas coisas. Na verdade não, eles não vão lembrar as palavras que usamos - eles vão lembrar quem somos.
Eles vêem onde nós gastamos nosso tempo e o que nós damos a nossa atenção.
Eles nos observam, como cozinhamos, como dobramos a roupa, como interagimos com as pessoas. Eles vêem o que somos, e isso faz a diferença.
Eles entendem, profundamente, como podemos evitar que eles sintam determinadas coisas, ou passem por determinadas situações. Isso é o que eles vão lembrar.
Quando fizer um curativo no joelho com mansidão, eles vão se lembrar.
Quando segurar sua mão no consultório do médico, eles vão se lembrar.
Quando engolir nossa aversão (eu não usaria a palavra raiva) e responder com paciência, eles vão se lembrar.
Quando olhamos nos olhos e falamos com eles, como eles nos dão orgulho por serem quem é, eles vão se lembrar.
Não importa o que as palavras dizem, o que os nossos filhos vão lembrar é das nossas ações. Eu posso dizer isso por experiência própria.

Minha oração para todas nós nesta semana é encontrar um pouco de liberdade a partir da pressão alcançada, e simplesmente amar nossos filhos.
Vamos deixar um legado de fé  e fidelidade, que nossos filhos não possam esquecer.
Coloque o celular do lado e de atenção ao seu filho, converse, brinque, conte histórias.
Eles vão se lembrar para sempre deste gesto de carinho.

Assim como eu lembro da minha mãe.
Mãe, Eterna saudade!!





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